quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Grupo

1º A
Gustavo Murta
Giulia de Miranda
Iris Torres
Júlia Uchoa
Rafael Lins




Referência Bibliográfica:
Tratado de Fisiologia Médica - Guyton

Introdução

1.0 - Introdução

1.1 - Hemostasia

 Prevenção da perda sanguínea

 Mecanismo:
1. Constrição vascular;

2. Formação do tampão das plaquetas;

3. Formação de coágulo sanguíneo, como resultado da coagulação do sangue;

4. Eventual crescimento de tecido fibroso no coágulo, para o fechamento permanente no orifício do vaso.

2.0 - Mecanismo da Coagulação Sanguínea

Teoria Básica:
 Substância encontradas no sangue que causam ou afetam a coagulação sanguínea
• Promotoras - chamadadas pró-coagulantes
• Inibidoras - chamadas anticoagulantes

 Condição normal na corrente sanguínea - Predominância de anticoagulantes
 Rompimento do vaso - Pro-coagulantes da área da lesão tecidual são "ativados", com consequente desenvolvimento do coágulo.

2.1 - Mecanismo Geral

Coagulação ocorre em 3 etapas essencias:
1. Ruptura do vaso ou problemas relacionados ao sangue - Aparecimento de fatores coagulantes

2. Ativador da protrombina
Catálise da protrombina em trombina

3. Trombina converte fibrinogênio em fibrina
• Plaquetas
• Células sanguíneas e plasma

2.2- Conversão de Protrombina em Trombina

1. Ruptura de um vaso sanguíneo ou da liberação de susbstâncias especiais no sangue= Formação do ativador de protrombina

2. Ativador de protrombina( Ca ++ iônico)= Conversão da protrombina em trombina

3. Trombina polimeriza moléculas de fibrinogênio em fibrina (10 a 15 segs)
Importante papel das plaquetas na conversão da protrombina em trombina = Receptores de protrombina nas plaquetas já ligadas ao tecido lesado

 Protrombina
• Proteína plasmática (alfa 2-globulina);
• Concentração normal no plasma= 15mg dl
• Proteína instável ( se divide em compostos menores, por ex.: trombina)
• É continuamente formada no fígado
• Vitamina K= Requerida pelo fígado para a formação normal de protrombina
• Doença hépática e falta de vitamina K= Aumento da tendência a sangramento




Conversão de Fibronegênio em Fibrina- Formação do Coágulo

2.3 - Conversão de Fibronegênio em Fibrina- Formação do Coágulo

 Fibrinogênio
- Proteína de alto peso molecular que ocorre no plasma e é produzidano fígado.
- Um dos fatores essenciais do processo de coagulação.

 Ação da trombina sobre o fibrinogênio para formar fibrina
• A trombina remove quatro peptídeos de baixo peso molecular de cada molécula de fibrinogênio, formando uma molécula de monômero de fibrina
• Moléculas de monômeros de fibrina polimerizam-se em longas fibras de fibrina que constituem o retículo do coágulo sanguíneo
• No estágio inicial, o coágulo resultante é fraco e pode se romper com facilidade. Monômeros de fibrina são unidos por ligação fraca de hidrogênio não-covalente, sem ligações cruzadas entre si
• Depois se fortalece. A trombina ativa o fator estabilizador de fibrina que atua como enzima para criar ligações covalentes entre monômeros de fibrina e ligações cruzadas entre as fibras adjacentes de fibrina.

 Coágulo sanguíneo
• Composto por uma rede de fibras de fibrinas
• Se adere a qualquer abertura vascular, impedindo a continuação da perda de sangue

 Retração do coágulo - Soro
• Após a formação, o coágulo se contrai e expele o soro(não pode coagular)
• As plaquetas ativam a trombostenina da actina e da miosina plaquetárias(proteínas contráteis) que causam forte contração das espículas plaquetárias presas à fibrina, o que auxilia na diminuição do volume da malha de fibrina
• A contração é ativada e acelerada pela trombina e pelos íons de cálcio liberados dos reservatórios de cálcio das plaquetas
• Com a retração do coágulo, as bordas da abertura do vaso sanguíneo são tracionadas.


2.4- Círculo Vicioso de Formação do Coágulo
 A ação proteolítica da trombina permite que ela atue sobre vários fatores de coagulação além do fibrinogênio
 Assim que uma quantidade crítica de trombina é formada, um círculo vicioso(feedback positivo) se desenvolve, causando coagulação sanguínea ainda maior e maior formação de trombina; consequentemente, o coágulo sanguíneo continua a crescer até que o vazamento do sangue seja interrompido.


Desencadeamento da Coagulação: Formação do Ativador da Protrombina (Raphael)

2.5 - Desencadeamento da Coagulação: Formação do Ativador da Protrombina (Raphael)

Esses mecanismos são desencadeados por :
1. Trauma à parede vascular e tecidos adjacentes;
2. Trauma ao sangue;
3. Contato do sangue com as células endoteliais lesionadas ou com colágeno e outros elementos teciduais fora dos vasos sanguíneos.

Cada um desses casos podem levar à formação do ativador da protrombina.
Ativador da Protrombina:
 Converte a protrombina em trombina
Provoca todas as etapas subsequentes da coagulação
Formado por duas vias que interagem entre si
• Via extrínseca- Trauma à parede celular
• Via intríseca- No próprio sangue

 Nas duas vias, uma série de proteínas plasmáticas chamadas de fatores de coagulação sanguínea tem papel primordial. Esses fatores, em sua maioria, são formas inativas de enzimas proteolíticas, que quando ativadas suas ações enzimáticas causam sucessivas reações em cascata, do processo de coagulação.


2.5.1 - Via Extrínseca para o Desencadeamento da Coagulação
1- Liberação do fator tecidual - composto de fosfolipídios das membranas dos tecidos mais um complexo liproteico, que atua principalmente com enzimas proteolíticas;
2- Ativação do fator X - O papel do fator VII e do fator tecidual
 Complexo lipoproteico do fator tecidual + fator VII+ íon cálcio  Ativação do fator X
3- Efeito do fator X ativado para formar o ativador da protrombina
Fator Xa + fosfolipídios teciduais + fator V  Complexo ativador da protrombina
 Complexo ativador da protrombina na presença de íon cálcio cliva a protrombina para formar trombina
 De ínicio o fator V, no processo ativador das protrombinas, está inativado, mas quando a trombina começa a se formar sua ação proteolítica ativa o fator V, que por sua vez passa a ser um potente acelerador adicional da ativação da protrombina.

Via Intrínseca para o Desencadeamento da Coagulação

2.5.2- Via Intrínseca para o Desencadeamento da Coagulação
 Segundo mecanismo
 Desencadeamento da formação do ativador de protrombina - Trauma ao próprio sangue ou a exposição do sangue ao colágeno da parede vascular traumatizada

1. trauma sanguíneo causa:
Ativação do fator XII
 Fatores de coagulação do sangue
Liberação de fosfolipídios das plaquetas
 Fator XII alterado - Enzima proteolítica chamada "fator XII ativado"
 Lesão das plaquetas pelo trauma sanguíneo - Liberação dos fosfolipídios plaquetários que contém a lipoproteína chamada fator plaquetário III

2. A ativação do fator XI é realizada pelo fator XII. Essa reação necessita de cininogênio de alto peso molecular-APM e é acelerada pela pré-calicreína

3. O fator IX é ativado enzimaticamente pelo fator XI

4. Fator IX+fator VII ativado+ fosfolipídios plaquetários+ fator 3 das plaquetas traumatizadas  Ativação do fator X
 Fator VII ausente - Hemofilia
 Plaquetas ausentes – Trombocitopenia

5. Mesma etapa final da via extrínseca
 Fator X ativado+ fator V+ plaquetas+fosfolipídios teciduais-> Formação do complexo ativador da protrombina

2.5.3- Função dos Íons Cálcio nas vias Intrínseca e Extrínseca
 Íons cálcio - Promoção ou aceleração de todas as reações da coagulação sanguínea(exceto as 2 primeiras da via intrínseca).

 Evitar a coagulação - Redução dos níveis de íon cálcio até valores abaixo do limiar de coagulação
• Via extrínseca - 15s para trauma tecidual grave
• Via intrínseca - Mais lenta, de 1 a 6 min para causar a coagulação



3.0- Prevenção da Coagulação Sanguínea Vascular Normal-Anticoagulantes Intravasculares
3.1-Fatores da superfíce endotelial

 Prevenção da coagulação no sistema vascular normal

1. Maciez (smoothness) da superfície das células endoteliais-> Impede a ativação por contato do sistema intrínseco da coagulação

2. Camada de glicocálice do epitélio-> Repele os fatores da coagulação e as plaquetas

3. Proteína ligada à membrana endotelial, trombomodulina, que liga a trombina
 Lentifica o processo de coagulação
O complexo trombomodulina-trombina - Ativação da proteína C ( anticoagulante) - Inativação dos fatores V e VIII ativados

3.2- Ação antitrombina da fibrina e da antitrombina III
Anti-coagulantes que removem as trombins no organismo:

1. As fibras de fbrina

2. Uma alfa globulina(anti-trombinaIII ou cofator anti-trombina-herina
 Processo de formação do coágulo - 85 a 90 % da trombina adsorvida nas fibras de fibrina - Impede a disseminação da trombina para o restante do sangue(previne o crescimento do coágulo)
 Restante da trombina - Combinação com a anti-trombina III

3.3- Heparina
 Potente coagulante, encontrado em baixas doses no organismo
Agente farmacológico, usado em altas concenrações(prevenção da coagulação sanguínea intravascular).
É um polissacarídeo conjugado com carga negativa
 Por si própria tem pouca ação anti-coagulante, porém:
• Heparina+ antitrombinaIII-> potencializa a ação da alfa globulina
Complexo heparina-antitrombinaII remove diversos fatores de coagulação
 Grande quantidade de heparina é formada pelos mastócitos basofílicos
Mastócitos abundantes nos tecidos que circulam os capilares dos pulmões e do fígado-> Impede o crescimento acentuado dos coágulos trazido do sngue venoso

3.4 Lise dos coágulos sanguíneos- plasmina
 Plasminogêio(ou pró-fibrinolisina) -> ativada em plasmina
 A plasmina digere:
• Fibras de fibrina
• Fibrinogênio, o fator V, o fator VIII, a protrombina e o fator XII
 Pode causar a lise do coágulo pela destruição de muitos fatores de coagulação

3.5- Atiação do plasminogênio para formar a plasmina: lise dos coágulos
 Plasminogênio fica retido no coágulo(inativo)
 Os tecidos lesados e o endotélio liberam um poderoso ativador-> Ativador do plasminogênio tecidual( AP-t)
Plasmina - Remove os restos inúteis do coágulo sanguíneo.

4.0- Condições que causam sangramento excessivo nos seres humanos
 O sangramento excessivo pode resltar da deficiência de qualquer um dos fatores de coagulção do sangue
Diminuição dos níveis de protrombinas, fator VII, fator IX, fatorX, causada pela deficiência de vitamina K
 Doenças do fígado como hepatite , cirrose, atrofia amarela aguda podem algumas vezes deprimir o sistema de coagulação de forma tão intensa que o paciente desenvolve forte tendência ao sangramento
 Outra causa de diminuição de formação dos fatores de coagulação pelo fígado é a deficiência de vitamina K
• Vitamina K é necesária para a produção hepática de prototrombina, fator VII, fator IX e proteína C




Doenças




Hemofilia

 Doença hemorrágica que ocorre quase exclussivamente em homens
 Causada por anormalidade ou deficiência no fator VIII(hemofilia A ou clássica)
 Um em cada 10 mil homens afetados nos EUA
 Em 15% dos pacientes a tendência ao sangramento é causado por deficiência do fator IX
 Fator VIII e o fator IX geneticamente ligados ao cromossomo feminino
 O traço hemorrágico pode ter vários graus de gravidade
 Fator VII – dois componentes ativos – um grande e um menor. O componente menor é o mais importante na via intríseca para a coagulação, a defuciência dessa parte do fator VII é a causa da hemofilia clássica


Trombocitopenia

 Concentração muito baixa de plaquetas no sangue circulante
 Pessoas com trombocitopenia apresentam tendências hemorrágicas, como os hemofílicos
• O sangramento ocorre em geral em muitas vênulas diminutas ou em capilares
 Várias pequenas hemorragias puntiformes em todos os tecidos do corpo
 Pele apresenta várias manchas arrocheadas
 Ordinariamente, o sangue não vai ocorrer antes que a concentração de plaquetas caia abaixo de 50.000/µl(de 150.000 a 300.00/µl normal e abaixo de 10.000 é fatal)
 A maior parte das pessoas com trombocitopenia tem a causa desconhecida
 Por motivos desconhecidos, anticorpos reagem destruindo as plaquetas.



Vídeo 1 - Hemostasia